Nos meus versos tristes
Eu encontro consolo.
Nas minhas palavras amargas,
Minha alma sente renovo.
Falar do que é bonito
E coisa fácil de se fazer
O amor em si é lindo
Não preciso sequer dizer.
O melancólico é minha matéria prima
Nessa tela, eu pinto uma árvore morta
No amor seria uma macieira
Mas agora, está podre e torta.
Seus galhos eram robustos
E cheios do verde.
Eu os pinto negros e finos
Como as árvores góticas de um castelo
Retrato a morte do que um dia foi belo.
A dor é o momento de reflexão,
No amor tudo está bem
Não carece pensar em vão.
Aprender com os erros
É trabalho fadigado.
No amor você falha,
Não pensa no que dará errado.
Aprendi a viver sempre esperando o pior
É melhor do que se iludir em algo
Que pode não dar certo,
Polpa nos outros a cara de dó.
Continuarei escrevendo do sombrio
Da dor escondida,
Do nosso vazio.
Escrevendo sempre,
Até o fim da linha.
Quem sabe eu o preencho
Com os versos da poesia.